quinta-feira, 11 de junho de 2009

Leiam, por favor. O culpado sou eu.

Dói muito estar escrevendo isso aqui, mas tenho plena convicção de que estou fazendo isto pro meu bem e, acredite, muito mais pelo seu. Primeiro, uma confissão; sou covarde, egoísta, indeciso, ronco e tenho pêlos por todo o corpo. Não sou alguem ideal , não sou um bom lugar, definitivamente. Uma vez já te falei que sou imaturo e descobri isso somente após três maravilhosos anos ao seu lado. Isso não serve para desculpar tudo de errado que faço ou deixo de fazer, não. Sigo acreditando no amor eterno, mas sinto que não estou pronto para ele. Gosto muito de você, você é linda. Não retiro uma palavra do que te disse por todo esse tempo. E não me arrependo de nada do que fiz ao teu lado. Isso é o mais importante.
Estou em paz, espero que você também esteja. Que siga sua maravilhosa trajetória, encontre um cara sensacional, case, tenha filhos, netos e, o principal, seja minha grande amiga de sempre. Você sabe que fiz o meu melhor por nossa relação. Tentei ser o príncipe encantado, agora temo ser taxado de vilão. É que preciso tomar mais na cabeça, é sério. Eterno errante, eu não quero te prejudicar e te levar junto na minha indecisão, em minha oscilação entre espantosa frieza e fuminante carência. Sou muito, muito mesmo, grato por tudo o que me fez. Você sempre me ajudou demais. Desculpe por meus erros, mas espero ter te ajudado também. Seguem duas prosas, uma que fiz agora, outra que estou te devendo há tempos. Muitos beijos, fique em paz.


Apagaram o Sol,
a fogueira, o fogo.
Construíram este muro,
tijolo por tijolo.

Nele subi, pendi
prum lado, pro outro,
como bêbado em corda bamba.

Não dormi, querendo o carinho de uma mão sutil, delicada.
Não dormi, sabendo que, acima de tudo, seu toque me esperava.
Pensei em te ver, mas um muro subiu.
O bloqueio era meu.

Chorei de lembrar que não teria mais em quem vestir meu casaco jogado na cadeira.
Chorei e lembrei que, mesmo assim, você estava com frio.
Pensei em te aquecer, mas apagaram o Sol.
O gelo estava dentro de mim.

Perdão.

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Me anima, esta menina,
de longos fios escuros,
sorriso nos olhos,
aromas pelo corpo.

Chega e traz a minha paz.
O que essa menina me faz
chega ao céu.

Não vá dizer que não há luz na noite,
se a minha estrela ilumina.
Giro ao redor, como um cara de sorte.
Juro, é forte, por você.

Cai a chuva, alaga as ruas.
Bom pra vida, fica em casa.
Mesmo que não me conheça, não me esqueça, não me tire da cabeça.

Chega e traz a minha paz.
O que essa menina me faz
chega ao céu.

Não vá dizer que não há luz na noite,
se a minha estrela ilumina.
Giro ao redor, como um cara de sorte.
Juro, é forte, por você, menina.

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